quinta-feira, 5 de junho de 2008

It's a beautiful night.

Ontem foi uma linda noite, de verdade.
Apesar da enorme dor de cabeça, caminhei tranqüila até o ponto de ônibus para ir para casa. Olha só, o único ônibus que passa perto da minha casa demora 40 minutos. Eu tinha muito tempo, já que perdi o que estava parado porque não pude atravessar a rua. Maldita hora do rush! Claro que não deixei de soltar o velho FDP para o motorista que me viu dar sinal desesperadamente do outro lado da rua, nada o impedia de esperar alguns segundos a mais... Mas tudo bem, fiquei lá de pé, no Aipode Norah (minha educadora emocional). É divertido quando você coloca os fones e se isola auditivamente do mundo. Parece um clipão, eu consigo imaginar cenas e colocar trilhas perfeitas (ao menos para mim) em muitas delas. Com a Norah no ouvido, a vida ficou mais lenta diante daquele corre-corre dos carros, no trafego maluco e constante das seis e pouco da tarde. As luzes da cidade e dos faróis acrescentaram o brilho. Queria curtir aquele momento tão raro para mim, aproveitar a solidão, o não pensar e até a dor de cabeça melhorou. O busu chegou, beleza, subi na leveza do som de Don't Know Why, estava vazio e escolhi o lugar para sentar...aaah que delicia, já era sete da noite. Sentei e comecei a observar as ruas onde passo todos os dias, notar coisas diferentes e a desconexão com o barulho dos motores e buzinas, me fez ver melhor tudo isso. Então tive a infeliz idéia de olhar para o chão do busu. Nossa...uma barata! Sim, uma barata, caminhando na minha direção. Eu queria gritar, fazer aquele escandalozinho básico, mas levante calmamente, sem tirar os olhos dela e fui para outro banco, beeeem lá atrás. Bateu um orgulho de mim mesma, eu fui uma lady! Me arrumei no novo lugar e, depois do susto, voltei a apreciar o transito. Foi estranho e engraçado parar em frente a um frigorífico e ver as carnes lá penduradas, enquanto ouvia Sunrise...non sense.
A próxima parada era minha hora de descer, caminhei cantarolando e dançando pela rua até em casa. Eu gosto de fazer isso, não me importo muito com quem está passando. Em casa, o banho foi longo e demorado, com música, cabelo lavado e creminho no pé. Fazia tempo que isso não acontecia.
Leve...leve como uma pluma, até o dia seguinte.

Miss Joe estava ouvindo - Lento *Julieta Venegas.*

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